
Os indicadores de risco de Portugal aliviaram, depois de os portugueses terem dado uma maioria à direita e de terem expulsado o Sr. Sócrates.
O PSD venceu as eleições legislativas, com 38,63% dos votos. No discurso da vitória, o presidente social-democrata, Pedro Passos Coelho, disse que pretende formar “tão rápido quanto possÃvel” um Governo de maioria, em coligação com o CDS, que obteve 11,74% das escolhas dos portugueses, para executar as medidas acordadas com a ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional).
É neste clima que os juros das Obrigações do Tesouro (OT) de Portugal desceram em quase todos os prazos no mercado secundário. As taxas dos tÃtulos de dÃvida a 2 e 5 anos recuam para 10,899% e 11,344%, respectivamente. No mesmo sentido segue a ‘yield’ das OT a 10 anos, que cairam para 9,727%.
Já os juros da Grécia subirram na generalidade das maturidades. Isto depois de ter sido conhecido que Atenas vai mesmo avançar com a versão 5.0 do seu plano de austeridade. O novo programa soma um total de 78 mil milhões de euros, mas 50 mil milhões serão conseguidos através de privatizações. Em troca, a Grécia ficará com a porta aberta para receber a quinta tranche do empréstimo internacional e poderá mesmo vir a receber um novo pacote de ajuda financeira, agora que se dá como impossÃvel o regresso do paÃs aos mercados no próximo ano.
A melhoria da percepção do risco em relação a Portugal é também visÃvel na descida do preço dos CDS sobre tÃtulos de dÃvida nacional a 5 anos, que funcionam como uma espécie de seguro que os investidores pagam para se protegerem de um cenário de incumprimento por parte de um Estado ou empresa. Este indicador recua até aos 669 pontos-base. Ou seja, os investidores estão a pagar 669 mil euros por ano para protegerem uma posição de dez milhões de euros de dÃvida nacional a 5 anos.
Mais uma prova inequÃvoca de que como o afastamente do PS e do Sr. Sócrates foi muito bom para o PaÃs. O Dr. Passos Coelhos, o PSD e o CDS-PP farão um trabalho muitÃssimo melhores que os senhores anteiores.
