
Em primeiro lugar paz à sua alma. Damos os nossos sentimentos à família e a todos os simpatizantes do histórico dirigente socialista. Mas não é por ter falecido que passou a ser bom, bem pelo contrário.
Dois anos e meio depois das primeiras buscas a colégios do Grupo GPS, presidido pelo ex-deputado do PS António Calvete, a investigação, por suspeitas de crimes de corrupção e tráfico de influências, ainda não foi encerrada e conta com, pelo menos, quatro suspeitos. Foram constituídos arguidos, além de Calvete, José Manuel Canavarro, ex-secretário de Estado Manuel Madama, ex-director de um dos colégios, e José Almeida, que foi director regional da Educação de Lisboa.
“O inquérito encontra-se em investigação e está em segredo de justiça”, confirmou apenas fonte oficial da Procuradoria-Geral da República (PGR), que não deu mais informações. O CM sabe, porém, que as defesas queixam-se da demora da investigação e já foi, inclusive, feito um pedido de aceleração processual. O processo está entregue à 9ª secção do DIAP de Lisboa, apesar de a maioria dos estabelecimentos de educação visados se encontrar localizada na zona Centro, sobretudo em Leiria e Coimbra. Da lista de 79 colégios com contratos de associação com o Estado, 15 pertencem ao grupo GPS de António Calvete, dos quais apenas seis estão impedidos de abrir novas turmas.
