
Pedro Nuno Santos, o mesmo polÃtico que em 2011 recomendou deixar de pagar a dÃvida portuguesa (só isso faria os alemães tremerem das pernas), está irreconhecÃvel.  Não só porque já não deve querer assustar os banqueiros alemães, mas porque diz (entrevista ao “DN”) coisas fantásticas.
Uma delas refere-se à redução do desemprego, que ocorre num momento em que a economia está estagnada. O Secretário de Estado não sabe explicar o fenómeno, mas sempre vai dizendo que o problema pode estar na fórmula de cálculo do PIB (o seu colega de governo, Vieira da Silva, diz o mesmo).
Dado que o INE segue nesta matéria as mesmas regras de outros paÃses, não era melhor apontar baterias para outro lado? Por exemplo, reconhecer que as reformas impostas pela Troika ajudaram a baixar o patamar a partir do qual o crescimento económico reduz o desemprego…
Ah! Espera: isso implicava reconhecer que as crÃticas de Pedro Nuno Santos e seus colegas de partido, feitas há três anos (quando o desemprego começou a cair), eram uma idiotice.
O contorcionismo é uma qualidade em polÃtica. Mas tanto também não.
Camilo Lourenço
