
O Centro de Conferência de Facturas do Serviço Nacional de Saúde, na Maia, permitiu detectar 160 milhões de erros no que se refere a comparticipações não corretas ou erros de outro tipo, estando em investigação 600 milhões de euros em encargos.
Os dados relativos aos últimos seis anos foram hoje divulgados pela diretora da Administração Central do Sistema de Saúde, Marta Temido, no decorrer de uma visita que o ministro da Saúde efectuou ao Centro de Conferência de Facturas do SNS, um centro de controlo e monitorização da despesa do Estado em Saúde, criado em 2009.
Em declarações aos jornalistas, Adalberto Campos Fernandes afirmou que “cabe ao Estado garantir que segue os circuitos do dinheiro público e, portanto, o objectivo é garantir que os fluxos financeiros do Estado ao nível público/público, público/social e público/privado estão permanentemente a ser monitorizados e escrutinados”.
“Os recursos são escassos, é completamente inaceitável que alguns desses recursos possam ser indevidamente utilizados”, sublinhou.
Adalberto Campos Fernandes referiu que “no início apenas o medicamento era alvo desta monitorização” e que “à medida que se vai alargando o perímetro a tudo aquilo que são prestações ou acordos entre os sectores público, social e privados a amplitude dessa despesa monitorizada vai subir”.
