
A tal medida que não teria custos acrescidos para os contribuintes, recordam-se?
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, adiantou que no próximo mês vão ser contratados pelo menos dois mil profissionais para compensar a passagem das 40 para as 35 horas semanais de milhares de enfermeiros, técnicos e assistentes, a partir de 1 de Julho. Numa segunda fase, serão contratados os restantes, disse o governante, sem precisar quantos.
Está “fechado um plano” e já há um processo de autorização (do Ministério das Finanças) para a contratação de um número “muito significativo” de profissionais, que acontecerá em duas vagas, a primeira em Julho e a segunda em Setembro ou Outubro, afirmou o ministro Adalberto Campso Fernandes, que está a ser ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde.
Após a insistência de vários deputados, o governante precisou que, a partir de 1 de Julho, serão contratados pelo menos dois mil novos profissionais e que mais tarde haverá “um ajustamento que dependerá da calibração” e da definição das necessidades das várias unidades de saúde. Para o Governo, frisou, as 35 horas “não são um capricho, nem um favor nem uma benesse aos profissionais”, mas um “reconhecimento do [seu] esforço”.
Desdramatizando os receios de falta de planeamento atempado das contratações, Adalberto Fernandes recordou que há dois anos, quando os trabalhadores com contrato em funções públicas passaram para as 35 horas, foram antecipados cenários idênticos, mas o sistema conseguiu “ajustar-se”.
O crime compensa, infelizmente. Ser politicamente pouco sério não é penalizado pelos eleitores. Frustrante. Muito frustrante a pouca exigência dos portugueses.
Se visitarmos o site do SNS e consultarmos os tempos de espera aí divulgados, ficamos com a sensação que os hospitais “estão às moscas”, não têm utentes, e consequentemente os tempos de espera são uns insignificantes minutos.
Por outro lado, se formos ao local, constatamos que mais vale levar um saco cama para “amortecer” a desesperante e longa espera.
Os ministros da saúde (no plural, sim, pq o verdadeiro nome é Adalberto Centeno) dizem que o SNS está um sucesso, como há muitos anos não se via. Só acredita quem quiser ou quem for mesmo anjinho.
Se perguntarmos aos médicos e enfermeiros, percebemos que actualmente o caos se apoderou dos hospitais e não me parece que seja por haver muitos mais doentes/utentes.
Então porque será? O homem do défice que responda!
