
Comentadores que se dizem de Direita e defendem a Esquerda com unhas e dentes (contra o próprio partido) assim como fazem a defesa de ditadores execráveis de Esquerda e comentadores que se dizem portistas e defendem tudo menos o clube. Está tudo minado tudo controlado… só não vê quem é parvo ou cego!
A morte de Fidel Castro despertou variadas paixões e inúmeras observações, tendo algumas inclusive, atingido o grau máximo de demência. Li algures, um comentário num dos meus posts em que alguém chamava a Fidel de revolucionário, contrapondo (segundo o mesmo) aos assassinos porcos capitalistas. Para esse sujeito as mortes, os homicídios de milhares de inocentes, deveriam ser justificáveis desde que obedecessem a uma “boa” causa, ou seja, à luta revolucionária. É óbvio que um sabujo desses não faz a mínima ideia do que diz ou defende. Dizia ainda alguém que, o assunto que referi (as barbáries de Fidel) estaria descontextualizado e que era uma maneira muito simplista de fazer uma análise! Honestamente não sei como alguém consegue contextualizar e justificar matanças desnecessárias.
Fidel mandou assassinar pessoas que considerava inimigas da sua causa, sem julgamento e já com a situação completamente controlada dentro de Cuba. Aliás mandou assassinar alguns dos próprios guerrilheiros que militaram com ele, e mais repugnante ainda, até crianças, ele mandou executar friamente. Nem tudo se pode explicar à luz da época… a Santa Inquisição não será justificável, senão no sentido de uma sede de poder desmesurado e a necessidade de controlo absoluto sobre a vida das pessoas.
As acções do Estado islâmico jamais poderão ser defendidas, mesmo com a melhor das vontades. Há de facto alturas em que a retaliação e as matanças se legitimarão, como foi o caso das Cruzadas que se ergueram para conter e expulsar os invasores muçulmanos na sua senda de morte e violência ou ainda o desembarque na Normandia para derrotar os exércitos alemães de Hitler… esse ditador carniceiro. Mas a matança só é justificável, quando se trata de sobrevivência, quando se trata de evitar um mal maior ou ainda na defesa de território nacional. Não se mata por delito de opinião, por discordância política ou mesmo para se testarem no terreno arquétipos doutrinais que não se compadecem com a realidade. Para mim um assassino é um assassino, venha ele de que quadrante político vier e não há contexto histórico, algum, que justifique as suas acções!
Fidel “preservava” tanto a liberdade que impedia o seu próprio povo de abandonar a Ilha, os que o faziam e eram apanhados eram fuzilados… mas tudo era feito em prol da “liberdade”!
Por seu lado Jorge Sampaio diz que o “Fidel Castro era de uma grande simpatia”. Fidel Castro de uma grande simpatia? Por que é que não vais dizer isso às sua vítimas? Tu que achavas (achas) Salazar uma figura execrável, por ter feito o seu papel e livrar-nos do destino dos cubanos ao combater o Comunismo, teces agora loas a este assassino? Que nojo de homem és tu que consegues defender o indefensável? Tenho nojo, tenho vergonha que ainda representes Portugal… os portugueses.
Como se destrói um país…e ainda há quem aplauda e diga que foi para melhor com Castro no poder. Total alienação!
Regina Cunha
