A decadência moral da comunicação social portuguesa é completamente desnudada
A vitória de Trump derruba o muro, e o circo, criado por “jornalismo†de mentiras, cinismo, militância, distorções e torcida.
Um ano de eleições americanas, foi revelador de mais de uma década de como a comunicação social (do mundo inteiro) manipulam a opinião pública — através de pesquisas de tendência e intenção, além de “opiniões isentasâ€â€Šâ€” para resultados polÃtico-ideológicos especÃficos. Aqui no Brasil a coisa é ainda mais abjeta:
Pelo menos em alguns casos, um faixo de luz brilha sobre um universo de escuridão.
A cobertura do dia final da eleição americana (bem como a cobertura em sua totalidade) feita pela RTP e pela SIC foi talvez o melhor medidor do desespero, despreparo emocional e completa desonestidade intelectual dos operadores de comunicação jornalÃstica em Portugal. Luis Costa Ribas, conhecido por suas opiniões totalmente viradas à esquerda e muitas vezes mentirosas sobre o então candidato Donald Trump, se desespera em frente as câmaras ao se dar conta da virada e derrota de Hillary Clinton e aumenta sua voz em dois tons de esganiçamento, o que foi hilário, uma vez que era ele quem induzia que o Trump não tinha chances reais de ganhar a presidência.
O desconforto se espalha a todos os presentes na cobertura minuto a minuto de apuração de votos… Luis Costa Ribas que anuncia uma possÃvel “terceira guerra mundial†com a então visÃvel vitória do magnata, só não conseguiu ser mais ridÃculo que Nuno Rogeiro que com as sobrancelhas levantadas de susto bradava o “nacionalismo, xenofobia, misoginia, machismo e o proteccionismoâ€, ou seja, toda aquela rotulagem que a extrema esquerda, compartilha com a esquerda dita democrática, e com liberais de academia… rótulos que recitam como quem faz sinal da cruz ao ver uma igreja, em perfeita sincronia com tudo aquilo que o SIC repetia ad infinitum em um ano de campanha americana. Nada novo, nada mais abjetoc. Vamos abordar em especial, as falácias má intencionadas de Nuno Rogeiro noutro artigo porque elas são só um pouco menos insignificantes do que a tristeza e cara de choro de Luis Costa Ribas — aquela que soltou um palavrão apenas porque Trump revelou em debate as acusações de abuso sexual e estupro que residem sobre a famÃlia Clinton — acusações com vÃtimas reais (não aparecidas do nada), e que surpreendentemente o canal Globo News nunca dera atenção.
Mas de maneira geral, nesse mesmo programa os “jornalistas†tentaram estancar o sangramento moral afirmando que “as pesquisas erraramâ€. E que eles “não tomaram lado algum nessa questãoâ€â€¦ Hááááá, sei.
AS PESQUISAS NÃO ESTAVAM ERRADAS, elas foram feitas para não estarem corretas, assim induzindo o eleitor ao engano.
O objectivo era a criação de um mito de vitória prévia para a candidata Hillary Clinton…e a criação de um muro que afastasse as pessoas da pura e simples realidade de que a aderência populacional à Trump foi maior desde que ficou definido que ele ganharia as prévias republicanas. A coisa desde o inÃcio saiu da esfera partidária… e é exatamente por isso que os Media, DE AMBOS OS LADOS atacaram A PESSOA do candidato.
O resultado não poderia ser outro, os Media MENTIRAM, foram PEGOS NA MENTIRA E HUMILHADOS PELA REALIDADE, daà o desconforto visto em tela, em tempo real (priceless).
Então se começa a procurar culpados:
– “Os negros não foram votar tantoâ€
– “O americano é desinteressado em polÃticaâ€
– “É o assustador avanço do conservadorismo, da extrema direitaâ€
– “É o novo 09/11â€
Tais explicações parciais e insossas não deixam de ser também uma maneira desonesta de afastar a culpa recaÃda sobre o tal ‘perfeito e incriticável jornalismo’, que por pura ideologia se tornou INCAPAZ de ver e descrever a realidade mais simples, passando então a simulá-la. E isso fica claro ao se fazer um pequeno levantamento de notÃcias negativas sobre Trump: a quantidade e frequência com que eram apresentadas no canal, seguidas de opiniões “isentas e imparciais†foram de quantidades absurdas seguindo a linha dos media americanos, como a CNN por exemplo.
Mas tudo isso nos meios tradicionais, e das maneiras tradicionais que os Media sempre manipularam a opinião pública. O que deu a vitória a Trump foi a forma mais livre, democrática e interactiva de troca de informações existente actualmente — A INTERNET. Na internet se encontram todas as informações sobre os Clinton que os Media tentaram abafar, esconder, ignorar, minimizar ou relativizar, e a cada nova revelação ficava mais clara a decadência moral do actual jornalismo.
O medo, choro, ranger dos dentes e o terrorismo reaccionário da comunicação social.
Agora é o momento que começa o teatro de medo e desespero dos Media. apelando para os recursos mais simplórios de uso do medo, apontando a comunicação social como uma arma de previsões de um futuro catastrófico. Além da “terceira guerra mundialâ€, “a quebra de mercados económicosâ€, “a expulsão de milhões de pessoas do paÃs (essa, segundo Magnoli)… eles estão muito preocupados com o tal “muroâ€.
Ironicamente todos eles possuem muros em suas casas, condomÃnios fechados, câmaras de vigilância e segurança na entrada — para normalmente — proteger aquilo que eles dão valor. Mas proteger a fronteira de um paÃs, é “xenofobiaâ€. Se um lugar é tão bom, por que as pessoas desse lugar precisam ir “viver o sonho†ou “ganhar a vida†em outro?
Talvez essa seja a pergunta que os Media não gostam nem de abordar desde o século passado, a começar com a história de Cuba — um suposto exemplo de distribuição de renda, diminuição de diferenças sociais e uma medicina mitológica, mas que ironicamente tem membros desse paraÃso se jogando à s pencas ao mar tentando migrar para o lar dos homens brancos imperialistas, homofóbicos, misóginos e xenófobos.
O único muro que realmente me preocupava é o muro de percepções enganosas, ilusões, desonestidades e militância estabelecido pelos Media brasileiros. Esse não foi Trump que fez… e pelo visto já está com os dias contados.
O trocadilho funciona só que de modo inverso: A verdade é que foram os “especialistas†que saÃram como os reais charlatões.
A coisa não fica só no canal do plin plin, ele foi abordado aqui somente pela beleza de reacções humanas acumuladas e expostas durante a cobertura.